quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pesquisa: cenário atual da área Fiscal nas empresas brasileiras

A pesquisa “Índice de Maturidade da Área Fiscal nas Empresas Brasileiras – Cenário 2010” desenvolvida pelo Conselho Fiscal e Empresarial Brasileiro, o Confeb, delineou o cenário atual referente à área Fiscal nas empresas brasileiras.

A análise abrangeu um universo bastante diversificado de segmentos de indústria. Os resultados, portanto, espelham essa diversidade de experiências e níveis de maturidade do papel da área.

Esta pesquisa privilegiou empresas de médio e grande porte. Cerca de 80% dos respondentes são empresas com faturamento anual superior a R$ 100 milhões, sendo que mais da metade dos respondentes faturam acima de R$ 600 milhões por ano.

O primeiro tópico da pesquisa é em relação à estrutura organizacional. Em 49% das empresas, a área Fiscal se reporta para a diretoria financeira e 36% reportam-se para a Controladoria. Apenas 3% dos entrevistados responderam que o reporte é feito para presidência ou superintendência da empresa como mostra o gráfico abaixo. “Isso me leva a deduzir que, na maioria das empresas, existe um departamento tributário mais
próximo a estratégia da empresa, participando também de atividades relacionadas a planejamento tributário”, diz Marcelo Kenji, presidente do Confeb.

Quando o assunto é a participação do gestor fiscal ou tributário no board da empresa, 57% responderam que isso não acontece, enquanto 43% dos respondentes disseram que sim.

Quanto à sinergia entre áreas fiscal/tributária e financeira, a pesquisa revelou que
  • 42% dizem que há uma sinergia muito grande, inclusive com reuniões recorrentes.
  • 37% indicaram ter um nível médio de sinergia
  • e apenas 21% responderam que o envolvimento entre as áreas é baixo e com reuniões realizadas apenas quando possível.
“Existe uma oportunidade imensa em desenvolver habilidades de comunicação entre áreas, que deveriam trabalhar sincronizados uns com os outros. Havendo sinergia entre estas áreas, com certeza há uma melhoria significativa com relação à performance, através de melhorias contínuas e lean”, ressalta Kenji.

Um dos principais pontos abordados nesta pesquisa é se as empresas realizam planejamento tributário. Nesse quesito, é possível perceber que não há restrição para se atuar neste campo dentro da empresa, pois:
  • 41% dos respondentes disseram que realizam, apesar de ser em estágio moderado,
  • enquanto 23% consideram que realizam, inclusive com controle de riscos e provimento de visibilidade dos próximos anos.
  • Porém, 27% das empresas realizam superficialmente o planejamento tributário.
Em relação ao entendimento da complexidade do sistema tributário, a pesquisa apontou que:
  • 45% possuem nível alto, com conhecimento pleno do cenário legislativo,
  • enquanto 50% disseram ter alto conhecimento no assunto.
Outro questionamento levantou se as empresas possuem práticas padrões de compliance no tributário, o resultado mostra que:
  • 45% responderam que sim,
  • enquanto 55% responderam que não.

Falando sobre Inteligência Fiscal:
  • 31% dos respondentes apontaram que existe a prática de análise de informações para recomendação de decisões estratégicas da operação constantemente e ainda utilizando matrizes,
  • 53% responderam que atuam moderadamente e 16% revelaram que não existe a prática.

O último tópico desta pesquisa, levantou o número de empresas que utilizam indicadores de performance para a área. A maioria, isto é, 38% responderam que não possuem indicadores, enquanto 27% disseram que trabalham com indicadores e 36% avaliam que seus indicadores ainda são pouco convincentes como mostra o gráfico ao lado.

O profissional da área de impostos é resistente a implementação dessas ferramentas por tomar muito tempo para atualizá-las”, revela Kenji.

Fonte: Conselho Fiscal e Empresarial Brasileiro

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